por Polly Ferraz.
fotos: Natalia Kataoka.
O estilista não associou a morte à trágica morbidez constante, pelo contrário, estampou caveiras criando algo descontraído. Lindebergue se baseou em referências latino-americanas, mais exatamente “El Día de los Muertos” - festa comemorada no México e em alguns paises da América Central e do Sul, mescla de ritual asteca com influências européias.
Para essa temporada trouxe um jeans escuro, sutilmente envelhecido com a modelagem skinny e sequinha para homens e a cintura alta para las mujeres. Os tons leves e envelhecidos, puxados para o bege e o marrom, atribuíram leveza sem tornar o conjunto insosso. As bolsas e acessórios artesanais foram construidos em palha de milho, buriti e crochê. Ponto alto para a cute estampa de caveira, criada exclusivamente para a coleção.
O interessante desta coleção foi tratar da morte sem cair no clichê morte-preto-luto. O estilista fez mais uma interpretação lúdica e solta do tema do que um exercício conceitual de criação. Despretensiosamente delicioso.
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